quinta-feira, 16 de abril de 2009

Foucalt e Weber e a Pós-Modernidade

Não sabemos se estamos fazendo certo ou não nossa postagem, mas resolvemos modificar um pouco. Colocamos nesta contribuição, não uma resenha do conteúdo da aula, mas sim algumas questões que nos ficaram e que gostaríamos de compartilhar.

Para a aula do dia (03/04) foi trazido pelo professor dois autores, Foucalt e Weber, e em cima da discussão dos mesmos montamos nossas questões, as quais gostaríamos de discutir mais a fundo com nossos colegas.

Foucalt trás, por meio de seu livro microfísica do poder, as relações de poder que, por exemplo a escola, a igreja, o estado exercem sobre a sociedade moderna. Weber discute sobre a burocratização da vida na sociedade moderna; a vida foi racionalizada, as regras passaram a ser a base de tudo, nada mais é realizado por emoção, é somente a razão que vale e ela é capaz de prever e calcular o que antes era determinado pela sorte, segundo o autor. Ambos, os autores, fazem suas análise tendo como pano de fundo a sociedade moderna, mas será que elas também não se aplicam na sociedade pós-moderna ou contemporânea?

Vejamos alguns exemplos para que possamos discutir mais a fundo a questão apresentada acima. Hoje não existe pessoa no mundo que viva sem tecnologia; seja aquela que vem atráves dos cabos de energia para dentro dos lares, ou aquela que está no último computador lançado no mercado. Esta necessidade por tecnologia, faz com que o setor tecnológico exerça poder sobre a vida das pessoas. Também há o fato de que tudo pode ser explicado e racionalizado por meios tecnológicos, o que torna tudo passível de racionalização.

Então fica em aberto para discussão da turma a nossa questão: será que houve uma mudança na sociedade que fizesse com que as discussões de Foucalt e Weber não possam ser mais aplicáveis à sociedade pós-moderna? Ou eles anteveram o que está acontecendo nos dias atuais?

Ana Carolina Barros e Carina Dalsoto

7 comentários:

  1. É complicado aplicar totalmente as teorias à realidade. Elas não conseguem explicar o real por completo, são uma, dentre várias, visões da sociedade, que independente do tempo que foram escritas, nos dão subsídios para uma melhor comprensão do momento que em vivemos.
    Na sociedade pós-moderna a igreja, o estado e a escola ainda são instituições que detém grande poder,mas estão perdendo espaço para o protestanismo ,para a falta crença, para as grandes multinacionais, para a mídia, etc... Na sociedade pós-moderna a vida é relativizada, são muitas regras e nenhuma regra. O emocional ganha espaço, mas ele muda rapidamente, não é constante, é efêmero, é passageiro.

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  3. Na minha opinião, as teorias de Weber e Foulcalt não deixam de estarem certas, mas trazem um visão muito "apocalíptica" sobre o avanço tecnológico. Realmente a inclusão de tecnologia se torna cada vez mais necessária e presente na sociedade contemporânea, mas não porque essa crescente inclusão pretenda "exercer poder sobre a sociedade". Minha visão não é tão radical em relação a isso. Na verdade a sociedade demanda novas tecnologias. Não existiria oferta se não existisse demanda. As pessoas procuram através da tecnologia suprir alguma necessidade pessoal ou facilitar determinadas tarefas. A tecnologia não pode ter sido inicialmente desenvolvida para controlar a humanidade, e sim para servi-la como suporte.Cabe a cada um decidir como inclui-la no seu conceito de valores (como citado no texto, a questão da racionalização das relações interpessoais, o orkut, etc.).
    Portanto, ao meu ver, o avanço tecnológico deve servir como intrumento de apoio ao ser humano, e não como artifício de dominação e total dependência.

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  4. Como disse a colega Elisiane, é complicado aplicar as terorias na prática. Acho que a tecnologia vem ganhando espaço nessas "relações de poder", mas não creio que seja ela que tire o espaço das outras. A sociedade vive constante transformação e uma transformação leva à outra. A igreja e, até mesmo as escolas, não têm o mesmo "poder simbólico" que tinham antigamente. A demanda por novas tecnologias aumenta cada vez mais e, infelizmente, até dita algumas regras. Temos conhecimento dos casos de bulling nas escolas, por exemplo. Jovens que encontram na internet uma forma de "ganhar fama", "ser conhecido", mesmo que essa imagem seja negativa. Não creio ser a tecnologia a culpada por isso, mas é inegável que esse espaço é utilizado para algumas "violências simbólicas". Isso pode ser racional, mas não se enquadra no pensamento de que a vida contemporânea é regida por regras e que os seres humanos a respeitam acima de tudo, como aponta Weber.

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  5. Como disse a Elisiane, ao mesmo tempo que temos muitas regras, não temos nenhuma. Acredito que hoje em dia temos muito menos respeito pelas regras e convenções sociais do que tinhamos antigamente. A igreja católica, que antigamente detinha grande poder, está cada vez mais perdendo espaço na sociedade pós-moderna na medida que a fé diminui cada vez mais ou é até mesmo direcionada para religiões mais tolerantes que compreendam melhor a vida moderna.

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  6. Concordo com o que o Carlos falou sobre os autores proporem uma visão quase que "apocalíptica" sobre a influência da tecnologia na sociedade moderna. Mas com foi lembrado pelo Guilherme, estamos em constante transfomação e não podemos esquecer que nós, enquanto comunicadores, precisaremos dominar essas novas ferramentas que surgem todos os dias, fazendo com que as nossas mensagens cheguem aos receptores da melhor forma possível, com o maior alcance e o menos ruído. A tecnologia, antes de mais nada, veio nos trazer mais respostas e não perguntas.

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  7. Penso que não podemos ser tão "generalistas" em relação à razão se sobrepor completamente à emoção. Claro, que,
    com o passar do tempo, o homem foi pensando e criando teorias sobre tudo que gira a sua volta, foi "abafando" os
    estintos em prol da racionalização, mas não vejo isso como algo ruim. Foi esta racionalização que nos permitiu
    avançar e melhorar nossa qualidade de vida,e, se surgiram consequencias ruins desse processo, é porque tudo na
    vida tem seu lado bom e lado ruim.
    Acredito, portanto, que Foucalt e Weber de certa forma anteveram nossa realidade atual, entretanto, me parece
    que o grupo colocou exemplos e citou esta questão como se ela fosse de todo ruim, um malefício à sociedade, o
    que discordo completamente.

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