quinta-feira, 21 de maio de 2009

Definitiva Era da Informação


Nunca tanta informação (útil ou não) esteve disponível de forma tão acessível a todos. A revolução da Web 2.0 - apesar de ser uma mera convenção de nomenclatura - vai além da mera liberdade de publicação, de forma que os mais tendenciosos talvez chamariam o cenário atual de Web 3.0.

No que nos referimos a 'cenário atual' colocamos a incrível capacidade de produzir-se mash-ups (misturas de conteúdos e mídias) de forma acessível e rápida como nunca. A possibilidade de incorporar vídeos, imagens, textos e links em apenas um lugar deixou no esquecimento a velha Web 1.0, de conteúdo estático e desatualizado.

A wikipedia pode ser o ícone mais representativo para caracterizarmos o dinamismo da Era da Informação. Nela são adicionados verbetes livremente, de forma que qualquer usuário interessado pode trazer algo de seu conhecimento e experiência ao público e, aproveitando-se da relevância de um site como esse, promover o esclarecimento do tema.

A revolução de informação, que não parece encerrar tão cedo, traz como grande promessa o Wolfram, possivelmente o próximo 'cérebro' da internet. Através da inserção informações e perguntas o sitema retorna com o 'conhecimento da internet'. Pode-se conferir informações demográficas, históricas, resultados de cálculos, citações e até inutilidades. O sistema ainda está em desenvolvimento longe ainda de um lançamento oficial, no entanto já podemos conferir o potencial do que vem por aí.

Essa essência anarquista impregnada no desenvolvimento atual, como era de se esperar, está entrando em choque com com alguns princípios do nosso sistema capitalista. Com a produção e disseminação de conteúdos facilitados estabelece-se uma quebra com a atribuição e valorização da produção intelectual, ou de qualquer outra natureza, pois estão facilitadas as formas de disseminação, legalizadas ou não, a ponto de não haver mais controle sobre o fluxo de conteúdos.

Com a expectativa de que a colaboratividade online cresça progressivamente a tendência é que dê-se menos valor a disseminação e mais a atribuição e reconhecimento. Num caso recente, a Gas Powered Games, uma produtora de jogos, optou por não utilizar sistemas de verificação de legalidade, sabendo-se que tão logo seria burlado. Com a evolução do contexto acreditamos que o mérito tende a ser reconhecido e apenas quando suscitar inspiração receberá sua valorização adequada. Usando-se o exemplo da produtora, o jogo passará a ser adquirido formalmente somente por aqueles que após testarem o produto (informalmente) reconhecerem sua relevância.

por Guilherme Machado & Lucas Engel

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